segunda-feira, 3 de maio de 2021

Renunciando rótulos, jovens formam uma nova relação com a ideologia

 Juventude aborda como compreende os valores políticos na atualidade

Por Ana Carolina Ângelo

Em entrevistas concedidas virtualmente, jovens relatam suas experiências individuais com o espectro ideológico. Identificando as particularidades de conceitos políticos pré-definidos, o grupo auxilia na construção de uma juventude engajada, contudo, desprendida de delimitações conceituais.

Com convicções semelhantes, os entrevistados estendem o termo ideologia à prática, além da teoria. Ressaltando a dupla conotação dessa palavra, Laura Lima, estudante de Serviço Social na UFSM, expõe, “acho importante cada pessoa ter bem definido o que acha ideal para si e para a sociedade, podendo reconhecer onde efetuar mudanças na sua vida, em seu comportamento”.

Há também a compreensão da existência de um posicionamento equívoco na militância. Sem aderir a uma categoria política particular, Camille Mathias, de 29 anos, opina, “muitos [jovens] se posicionam mal. Querem mostrar que possuem uma ideologia, impondo regras na internet, porém não colocam em prática. É muito artificial”. Ainda nesse contexto, Pedro Heckert, estudante de Economia na UFRRJ e libertário austríaco, afirma, “a maioria defende algo que não entende cem por cento e não sabe nada sobre as consequências de defender certas ideias”.

 

Adesão à Justiça

Para os jovens que hasteiam bandeiras ideológicas, há uma procura incessante pelo correto. “Minha ideologia é dar suporte a todos os que precisam. Defendo porque acredito ser justo. Eu sou pela justiça”, enfatiza Danilo Mateus, ator vinculado ao movimento indígena. Já Lívia Lages, partidária ao PT e militante das causas feministas, relata, “a minha consciência ideológica surgiu mais na igreja, lá lutamos pela justiça social. Acredito que a ideologia leve justiça, paz e bem-estar para todos”.

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