Por
Fabíola Rodrigues, Camilla Silva e Alvaro Britto
Com o slogan “Um jornal crítico e bem humorado” e tendo como
patrono Henfil e inspiração no Pasquim, o projeto do Pavio Curto nasceu em
2001, quando foram lançadas cinco edições impressas por quatro jornalistas e
chargistas do Sul Fluminense. Logo o grupo se ampliou com vários ativistas de
movimentos populares da região.
Mesmo com a cotização de amig@s do Pavio, os custos de impressão e
o boicote das bancas de jornais à imprensa alternativa impediu a continuidade
do projeto. Mas a chama nunca se apagou, com duas tentativas de retorno em 2013
e 2017. E, no início de 2021, segundo ano da Pandemia, o grupo original voltou
a se reunir e retomou o projeto. Em 31 de março, um debate em defesa da
democracia e contra o fascismo marcou o lançamento do Pavio Curto 21, agora
digital, cuja primeira edição foi para as redes em 1º de abril.
O projeto político editorial foi atualizado, incorporando novas
pautas, seções e vários colaboradores, os “acendedores” e “amig@s” do Pavio
Curto, abarcando inúmeros lugares de fala, diversas áreas de atuação e regiões,
com foco no Sul Fluminense. Também os patronos – as “fagulhas que nos inspiram”
– aumentaram, expressando maior diversidade.
Refirmando suas origens, o Pavio Curto 21 assume que “é
apartidário, mas sempre tomará partido”, negando a falsa neutralidade
jornalística. “Na verdade, ela encobre a cumplicidade com o atual estado de
coisas”, afirma o seu editorial de lançamento. A crítica política e social bem
humorada através da utilização da linguagem da charge, do cartum, da caricatura
e dos quadrinhos é outra marca do Pavio.
Mais que um jornal alternativo, o Pavio Curto 21 é um Coletivo de
Cultura e Mídia Popular, promovendo debates, palestras e outras atividades educativas,
formativas e culturais para a denúncia, crítica e luta contra o avanço do
fascismo e o capitalismo, estimulando a polêmica e incentivando a construção de
uma alternativa que aponte para uma nova sociedade, em defesa da vida, da
democracia, da justiça social, do respeito à diversidade, da paz e do amor.
Com a
palavra, acendedor@s, amig@s e seguidor@s do Pavio
No
mês do primeiro aniversário da versão digital do Pavio Curto, entrevistamos
amigas e amigos que se relacionam de diversas formas com o coletivo e o jornal.
Inicialmente, a quem participou do lançamento do Pavio Curto impresso há 21
anos e desde então nunca deixou de acompanhá-lo, mesmo agora na versão digital,
perguntamos como comparam esses dois momentos.
O
segundo grupo foi dos acendedores, que colaboram regularmente com conteúdos
para o Pavio. Perguntamos qual o retorno e satisfação em relação à divulgação
do seu trabalho. A motivação de quem segue e curte regularmente e às vezes até
compartilha publicações do Pavio foi outra resposta que buscamos com outras
amigas e amigos.
Finalizando,
conversamos com participantes de lives ou entrevistas explosivas do Pavio Curto
para saber como avaliam o retorno e satisfação em relação à divulgação do seu
trabalho e a condução da atividade pela nossa equipe.
Para
todas e todos os entrevistados pedimos uma avaliação e sugestões para a melhoria
do Pavio Curto 21 um ano após o seu lançamento. Em outra questão comum e mais
geral relacionada ao projeto do nosso coletivo, buscamos conhecer a opinião das
amigas e amigos do Pavio sobre o papel da imprensa alternativa na luta contra
os valores da chamada “cultura bolsonarista”.
Vida
longa ao Pavio Curto!!
Dodora Mota:
“Não percam o foco do debate de esquerda”
Professora
e militante social e sindical, Dodora mora em Volta Redonda. Ela participou do lançamento do Pavio Curto há
21 anos, atuando na época no seu conselho editorial. Atualmente está no
coletivo de acendedores, colaborando com pautas e em lives e entrevistas.
Na
foto, Dodora em reunião de pauta do Pavio em 2001.
“São
dois momentos bem distintos. Em 2001 a Educação enfrentava bravamente Garotinho
no governo fluminense, o estado do Rio organizava seu I Congresso Estadual de
Educação (COED) e a esquerda se preparava para eleger Lula em 2002. O
sindicalismo estava avançando e o SEPE apoiou totalmente o projeto do Pavio Curto.
Atualmente foi necessário exercitar a criatividade e entender o papel da mídia
alternativa nesse novo momento de negacionismo e de pandemia para dar um jeito
de voltar a falar com a sociedade.
Foi
um grande desafio, principalmente para vocês da equipe e estão de parabéns.
Foram guerreiros nessa empreitada. Sugiro que não percam o foco do debate de
esquerda, que garantam a pluralidade de ideias e que continuem na luta para
derrotar o bolsonarismo.
Usar
todos os meios para combater os fakenews,
noticiar cotidianamente os ataques às "minorias" que na
verdade formam a maioria do povo brasileiro e garantir as diversas visões no
campo da esquerda”
Claudia
Santiago: “Nosso papel é se tornar referência como bom jornalismo para resistir
aos ataques, mentiras e manipulações.”
Jornalista
do Rio de Janeiro, Claudia é coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação
(NPC) e da Livraria Antonio Gramsci, tendo participado do evento de lançamento
do Pavio Curto impresso, realizado no auditório do Centro Universitário de
Barra Mansa em 2001.
Na foto, ela apresenta exemplares de vários jornais
alternativos editados na ditadura militar.
“É
o mesmo Pavio combativo, inteligente feito com a mesma paixão e o mesmo amor. A
diferença é que se adaptou aos tempos. Isso mostra como os seus criadores são
comprometidos com a comunicação alternativa e conhecem a sua importância. Sabem
que impresso ou digital ela precisa existir.
Importante
aumentar a divulgação e o alcance. Chegar a mais leitores e estar sempre muito
preocupado em ter uma pauta que o que diz respeito aos trabalhadores e
trabalhadoras no campo e na cidade e nunca se esquecendo de uma olhada no
mundo. Tratar sempre dos direitos da classe trabalhadora. Fazer sempre
jornalismo.
A
imprensa alternativa tem um papel enorme, extraordinário. É nós por nós. A
história nos ensina que não podemos confiar nos meios hegemônicos que
funcionam, infelizmente, de acordo com os interesses do capital. Estamos
abarrotados de informações por diversos meios digitais. Vivemos o caos
informacional. Nosso papel é se tornar referência como bom jornalismo para
resistir aos ataques, mentiras e manipulações.”
João Henrique: “Tenho
orgulho de ter participado da criação do projeto e do caminho que ele seguiu em
tempos digitais”
Radialista, jornalista, professor e historiador, João
Henrique é morador de Vassouras. Participou na primeira fase impressa do Pavio Curto em 2001, atuando
na época no seu conselho editorial e participando de entrevistas e produção de
textos. Em 2021, João esteve nas primeiras conversas sobre a volta do Pavio,
atuando na coordenação e no coletivo de acendedores. Atualmente, colabora com
sugestões de pautas e artigos.
Na foto, João Henrique na histórica entrevista do Pavio com Dom
Waldyr Calheiros realizada em março de 2001.
“Eu diria que hoje talvez o Pavio seja ainda mais
importante, necessário. Se em 2001 o povo brasileiro enfrentava a repercussão
de um projeto neoliberal, com fome e desemprego, hoje esse sofrimento se soma
ao enfrentamento a um governo que empodera o racismo, a misoginia, a homofobia
e tantas outras mazelas do ser humano. Tenho orgulho de ter participado da
criação do projeto e do caminho que ele seguiu em tempos digitais. Vida longa
ao Pavio Curto no enfrentamento do obscurantismo, hoje e sempre.”
Ju Kerexu:
“Eu gosto muito dessa nova experiência, e ver minhas poesias é muito
forte!”
Juliana
Kerexu, do povo Guarani mbyá, é cacique da Aldeia Tekoa Takuaty na Ilha da
Cotinga, no município de Paranaguá (PR). Mãe, artesã, professora e educadora
popular, palestrante, roteirista de documentários e contadora de histórias. É
colaboradora frequente do Pavio Curto através de poemas e participação em lives
e entrevistas sobre os povos indígenas.
“Eu gosto muito dessa nova experiência, e ver
minhas poesias é muito forte! É muito bom, facilita o acesso e é mais fácil. A
imprensa alternativa é muito necessário, pois estamos vivendo num mundo que
precisamos estar o tempo todo atualizando as informações sobre a realidade que
estamos vivendo.”
Guilherme
Maia: “Sugiro buscarmos um meio de incentivar os leitores a dialogarem com os
autores”
Poeta,
escritor, compositor, anarcochargista e advogado, Guilherme é morador de
Teresópolis e colabora regularmente com o Pavio com artigos e charges.
“Ter
essa liberdade de expressão - imagina poder expor o que sinto em sintonia com a
turma aqui. Nessas épocas conturbadas, como a que estamos vivendo, dizer com
orgulho LIBERDADE DE EXPRESSÃO, garantia da civilização humana tão
ardorosamente conquistada e, nesse momento, tão malversada no sentido de
quererem acobertar esses anseios neonazistas por meio dela. Podemos dizer aqui
que cultuamos sim a liberdade de expressão plena, porque lutamos por nossos
meios (as palavras e as charges) pela liberdade e não pelo cativeiro das
pessoas.
Sugiro
buscarmos um meio de incentivar os leitores a dialogarem com os autores. Talvez
uma seção de leitores. A imprensa alternativa é a ponta de lança numa época
onde a mídia eletrônica está servindo ao desmonte do conhecimento humano em
prol de distorções da percepção da realidade, a famigerada pós verdade vem no
bojo das mídias da rede e a luta contra essa distopia deve ser com as mesmas
armas!”
Dayse Gomis:
“Ser vista como uma chargista pela democracia tem sido emocionante, empolgante
e renovador”
Chargista,
Dayse mora no Rio de Janeiro e colabora regularmente com o Pavio através de
suas ilustrações.
“Gosto
de contribuir com essa partilha de artes/texto no Pavio Curto. Ser vista como
uma chargista pela democracia tem sido emocionante, empolgante e renovador. O
Pavio tem feito um excelente trabalho de "tráfico de informação com
arte". E isso realmente tem impacto em nossa vivencia pela mídia em geral.
A
imprensa alternativa deve trazer à tona a verdade para a população de forma
lúdica, interpretar e traduzir na simplicidade e ser palatável a todes. Sendo
assim multiplicaremos pessoas informadas e desejosas por garantir seus direitos
e para o Bem Viver de todes.”
Mário Lucio:
“Considero importante a incorporação de novos articulistas e usar uma linguagem
acessível a todos os leitores.”
Engenheiro
Agrônomo e morador de Resende, Mario Lucio colabora regularmente com artigos e,
mais recentemente, também com crônicas para o Pavio Curto.
“Fiquei
muito contente em ser convidado para escrever artigos na retomada do Jornal
Pavio Curto no formato digital. Temos que usar todos os recursos disponíveis
para compartilhar informações e opiniões no sentido de esclarecer assuntos
contemporâneos relevantes. Considero importante a incorporação de novos
articulistas e usar uma linguagem acessível a todos os leitores. Parodiando
Jorge Amado, sobre o papel da imprensa alternativa: “Usei minha arma de
escritor, a palavra, contra a injustiça e a miséria, contra tudo que é
anti-humano, contra a opressão e o falso moralismo”.”
Giovana
Damaceno: “Seria ótimo encontrar mais colaboradores comprometidos, para poder
aproveitar melhor o pouco que cada um pode oferecer.”
Jornalista
e escritora, Giovana mora em Volta Redonda. Ela colabora com o Pavio através de
artigos, resenhas de livros e pautas feministas.
“Na
verdade, gostaria de trabalhar mais pelo Pavio do que realmente consigo, mas só
de poder colaborar de forma mínima já é uma grande satisfação. Qualquer
colaboração à luta é necessária e muito válida.
O
Pavio cresce de forma lenta, como ocorre com todo o processo de consolidação de
uma mídia, e isso é bom, pois podemos avaliar o trabalho com calma, bem como
sua repercussão. Também devagar avaliamos melhorias e aplicamos os ajustes
necessários. Em um ano já ouço comentários a respeito dos artigos publicados,
recebo alguns retornos sobre os links que recomendo. E vai ficando cada vez
melhor. Seria ótimo encontrar mais colaboradores comprometidos, para poder
aproveitar melhor o pouco que cada um pode oferecer.
Vivemos
um momento de muita necessidade de espaços de voz. E é na imprensa alternativa
que encontramos esse espaço, importantíssimo para noticiar, discutir, dar
visibilidade a temas importantes, educar. Acho pouco o que temos; precisamos de
mais e cada vez mais.”
Ana Júlia e Polliana
Amurim: “Achamos que a principal arma contra um governo ignorante e intolerante
é a resistência e a propagação de informação”
Grandes
amigas, ambas são estudantes de Jornalismo do Centro Universitário de Barra
Mansa (UBM), cidade do Sul Fluminense onde moram. Além de seguidoras do Pavio
Curto, tiveram publicadas, ao longo de 2021, três reportagens plenamente
afinadas com o projeto editorial do jornal.
“Além
de consumidoras, nós duas já tivemos três reportagens publicadas no jornal e é
um reconhecimento muito bom. Escrevemos sobre desigualdade de gênero e outras
duas mais voltadas para a cultura, mas sempre tentamos trazer uma mensagem ou
algo para refletir. Afinal, de certa forma, todo conteúdo cultural também é
político. É muito gratificante ver nossos textos publicados em um veículo que
possui uma equipe de jornalistas e outros profissionais tão inspiradores. Está
tudo muito incrível, achamos que agora que estamos vacinados, seria
interessante uma palestra ou roda de conversa presencial.
Faz
um tempo que nós acompanhamos o Pavio Curto, acho que desde o surgimento, e
notamos que ele traz sempre pautas sociais importantes que normalmente não
vemos em veículos de comunicação tradicionais ou são abordadas de forma
superficial. Achamos que a principal arma contra um governo ignorante e
intolerante é a resistência e a propagação de informação. Sabemos que é difícil
mudar a mente de um bolsonarista assíduo, mas acreditamos que a imprensa
alternativa tem um papel muito importante na vida das pessoas que estão
dispostas a escutar.”
Renata Nery:
“Esse é o papel da imprensa alternativa: mostrar a verdade, o outro lado, levar
à reflexão!”
Jornalista,
artesã e moradora de Resende, Renata não deixa de curtir as publicações do
Pavio e compartilha a maioria delas.
“Eu
sigo, curto e compartilho publicações do Pavio pois são assuntos do meu
interesse e acho importante divulgar para que mais pessoas conheçam o conteúdo.
Avalio o trabalho muito bom e bonito, feito por amigos com intuito de levar
informação de verdade, em meio a tanta mentira que circula pelas redes. Esse é
o papel da imprensa alternativa: mostrar a verdade, o outro lado, levar à
reflexão!”
Luis Cláudio
Hermógenes: “A equipe está de parabéns pelo trabalho, mas creio que um site faz
falta”
Jornalista,
professor de Comunicação e assíduo das redes sociais, Hermógenes é morador de
Resende e seguidor do Pavio Curto no Instagram, onde curte frequentemente suas
publicações.
“Sigo
o Pavio no Insta, com grande prazer. E costumo curtir regularmente, pela
qualidade das postagens, por serem pertinentes e por focarem sempre nas pautas
do dia. E já repostei charges também. A equipe está de parabéns pelo trabalho,
mas creio que um site faz falta. Um bom exemplo é o do 247, que funciona legal.
Daria, creio, mais visibilidade às matérias e colunas.
O
papel da imprensa alternativa é fundamental, por permitir às pessoas a
oportunidade de pensar, de ouvir o contraditório. Pois a mídia tradicional
imperialista, que nos impôs o Golpe de 2016, foi certamente uma das principais
responsáveis pelo estado de coisas ao qual o país se sucumbiu. Hoje somos um
Brasil intolerante, com fome, desemprego miséria.”
Dafne
Apanaia: ”Gosto de leitura e me interesso por coisas de esquerda”
Arteterapeuta
e proprietária do Espaço Mandaluz, Dafne é moradora de Itatiaia. Segue e curte
frequentemente as publicações do Pavio no Instagram.
“Sigo
o Pavio e curto suas publicações, mas compartilhar nem sempre. Gosto de leitura
e me interesso por coisas de esquerda. Ainda não consigo avaliar, mas o digital
tomou conta das nossas vidas e acho importante. Tem idosos que preferem o papel
físico ainda, então, tem que haver um equilíbrio. Considero o papel da imprensa
alternativa essencial na luta contra os valores da chamada “cultura
bolsonarista”.”
Eduardo
Barros: “Sem veículos de comunicação alternativos para se contrapor à mídia
gorda é impossível enfrentar o projeto conservador e neoliberal”
Professor
de História, sindicalista e morador de Itatiaia, Eduardo segue, curte e
compartilha publicações no facebook do Pavio Curto, do qual é um entusiasta.
“Sou
fã do Pavio Curto, acompanho todas as matérias, sempre bem articuladas, com
visual atrativo e informação de qualidade. No rol da imprensa alternativa, o
Pavio Curto é um veículo de comunicação fundamental. Depois de um ano de
intensa atividade o Pavio Curto demonstra que está no melhor caminho, faço
votos que continue nessa toada.
Sem
veículos de comunicação alternativos para se contrapor à mídia gorda é
impossível enfrentar o projeto conservador e neoliberal. Que muitos veículos de
comunicação como o Pavio Curto floresçam para fortalecer a luta em defesa dos
direitos humanos e da sustentabilidade do nosso planeta.”
Jenny
Faulstich: “Gosto muito do conteúdo, principalmente as charges”
Fotógrafa
com grande atuação na internet e moradora de Resende, Jenny é seguidora do
Pavio Curto nas redes sociais, curtindo a maioria das suas publicações.
“Sigo
e curto maior parte dos posts, principalmente por me identificar com a forma e
pensamentos dos assuntos tratados. Gosto
muito do conteúdo, principalmente as charges. Sugiro mais posts no formato
reels. A imprensa alternativa é extremamente necessária! Como um farol a nos
guiar na escuridão.”
Jorge
Alexandre: “...a imprensa no brasil é extremamente oficialista, ela sempre dá
voz às instituições em detrimento dos personagens, do povo, das pessoas simples
que fazem a vida acontecer.”
Jornalista,
servidor público e morador de Volta Redonda, Jorge é seguidor e entusiasta do
Pavio Curto desde a época em que o jornal era impresso, há mais de 20 anos.
Atualmente curte e compartilha suas publicações nas redes sociais.
“Eu
adoro o Pavio curto, conheci na época do jornal impresso, eu era leitor e
agora, quando vi as publicações nas redes sociais comecei a seguir na hora. É
divertido, bem feito e usa da arte para tratar de temas relevantes. A página é
ótima, não há o que eu possa sugerir, eu curto, compartilho e sou fã da página.
As artes, as charges são bem feitas, e sempre atuais, acompanham os fatos do
cotidiano, isso é muito bom.
Fundamental
ter espaços fora da mídia oficialista, a imprensa no brasil é extremamente oficialista,
ela sempre dá voz às instituições em detrimento dos personagens, do povo, das
pessoas simples que fazem a vida acontecer. Dessa forma, ter uma imprensa que
dá voz aos que não tem, isso é maravilhoso. Há uma falsa sensação de liberdade
de imprensa, e nesse embate que os bolsonaristas entram com suas fake news e
desinformações, eles colocam verdades sutis num pacote de mentiras e uma
parcela da sociedade acaba aceitando essas mentiras envelopadas com pequenas
verdades.”
Priscila Messias: “...torço
que o blog cresça expandindo suas atuações através de podcasts, lives e maior
divulgação.”
Professora, escritora, poetisa e artesã, Priscila é coordenadora
da União Brasileira de Mulheres (UBM) em Resende. Ela é seguidora do
Pavio Curto nas redes sociais, curtindo a maioria das suas publicações.
“As publicações são muito interessantes, trazendo sempre
charges coloridas e objetivas, temas atuais e pertinentes. Por ser digital,
permite o acesso para todos, mas torço que o blog cresça expandindo suas
atuações através de podcasts, lives e maior divulgação.
A imprensa alternativa é fundamental para se combater o
bolsonarismo ou qualquer tipo de tentativa de manipulação midiática, já que se
propõe a trazer a notícia de perspectivas diferentes e sem medo de trazer a
verdade visto que não está presa à classe dominante.”
Hélio Luz: “...a
entrevista foi muito boa, as perguntas objetivas e os entrevistadores tinham
conhecimento do assunto”
Delegado por 25 anos, inclusive de
Volta Redonda em 1992, foi chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
de 1995 a 1997. Antes Hélio atuou
como assessor jurídico voluntário em vários movimentos populares, como a
Comissão Pastoral da Terra e a Federação de Favelas do RJ. Foi deputado
estadual do PT (1999/2002). Hélio Luz é amigo do Pavio Curto desde sua versão
impressa em 2001, participando inclusive do evento de lançamento do jornal realizado
em maio daquele ano em Barra Mansa. Em
maio de 2021, ele participou de concorrida entrevista explosiva do Pavio sobre
direitos humanos, segurança pública e conjuntura política atual, disponível da
TV Pavio Curto no Youtube.
“Participei da
entrevista e foi excelente, ativa, interagimos bastante. Não disponho de
meios para avaliar o retorno, mas a entrevista foi muito boa, as perguntas objetivas
e os entrevistadores tinham conhecimento do assunto. A imprensa alternativa é a
saída encontrada para o enfrentamento ao cartel imposto pelos privilégios
concedidos às "famílias" dominantes dos meios de comunicação, no
século XX, pelo estado, para manutenção e controle dos excluídos de cidadania.”
Angela
Mendes: “A live teve uma condução leve e que deixa o/a convidada à vontade,
instigante eu diria, gostei!”
Militante
sócio ambiental e coordenadora do Comitê Chico Mendes, Angela é moradora de Rio
Branco, no Acre. Ela é filha do seringueiro, ambientalista e sindicalista Chico
Mendes, que é uma das fagulhas que ilumina o Pavio Curto. Angela Mendes participou no final de 2021 de
live promovida pelo jornal sobre o legado de seu pai e a situação ambiental da
Amazônia.
“Considero que o coletivo tem seriedade e
compromisso, tem uma boa divulgação e cuidado com a produção na fase pré e pós
live. Quanto à repercussão pelo pouco que acompanhei nas redes do coletivo
acredito que tenha sido satisfatória pelos comentários e likes. A live teve uma
condução leve e que deixa o/a convidada à vontade, instigante eu diria, gostei.
Uau,
na verdade a imprensa alternativa já desempenha um papel fundamental na luta
contra a exclusão e as injustiças sociais de vários Povos e Populações do
Brasil, como o trabalho dos seringueiros da Amazônia na década de 70. Agora tem
sido um canal muito estratégico da nossa resistência e da luta contra o
fascismo.”
Jambelle
Spectral: “A condução da live foi dinâmica e interativa, com ações importantes
que possibilitaram um bom percurso nos diálogos entre os participantes”
Performer
e atualmente moradora de Resende, Jambelle participou de live do Pavio Curto
sobre o Dia Nacional do Teatro em setembro de 2021.
“Minha
avaliação da live foi satisfatória, pois considero que o retorno em relação à
divulgação e difusão acontece de modo gradativo. Oportunizando às pessoas
interessadas a conhecerem a fundo o meu trabalho em geral a partir do contato e
trocas de conhecimentos sempre que possível com a página Pavio e seu público. A
condução da live foi dinâmica e interativa, com ações importantes que
possibilitaram um bom percurso nos diálogos entre os participantes.
Acredito
que o papel da imprensa alternativa é difundir ações socioeducativas de
conscientização e desmistificação coletiva da ideologia de extrema direita.”
Apuração e texto: Fabíola Rodrigues, Camilla Silva e Alvaro Britto
Ilustração: Cacinho
Fotos: Arquivo Pavio e divulgação