quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Jovens falam sobre a importância de doar sangue

Por Silas Freitas e Vitor Calicchio


A doação de sangue não é apenas um ato de amor; é mais que isso, salva vidas. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 16 a cada mil habitantes são doadores de sangue, 1,6% da população. Ainda que estejam na média da quarentena da Covid-19, as coletas caíram bastante e muitos hospitais precisam de sangue. Apesar do momento pandêmico que o país vive os pacientes não podem esperar, pois existem pessoas nos leitos dos hospitais necessitando da colaboração de todos.

Poucas pessoas têm a informação sobre como a doação de sangue funciona de fato e muitos possuem medo de doar. Se preocupar com o próximo é um ato de amor, um ato de solidariedade com quem necessita. Envolve não só a questão emocional, mas o psicológico daquele que precisa receber e seus familiares. Mas o doador precisa ter a consciência que ele está realizando um ato de amor, salvando vidas.

Como é o processo de doação 

O enfermeiro Tiago Oliveira explica que “doação de sangue nada mais é do que a retirada de um pequeno volume de sangue que o organismo repõe nas primeiras 72 horas seguintes”. O atendimento é rápido: o procedimento se inicia pelo cadastro, aferição de sinais vitais, testes de anemia, triagem clínica, coleta do sangue e lanche.  

– Vejo a importância da doação de sangue porque sei que posso salvar vidas. Me sinto com uma missão, pois meu aniversário é no dia 25 de novembro, dia do doador de sangue. Sempre fui bem tratada e nunca senti nenhum preconceito e quando tenho oportunidade incentivo outras pessoas a doarem também - declarou Ana Carla, 23 anos, doadora desde 2017.

João Rodrigues da Silva Filho, 27, doador há dois anos conta que decidiu ser doador por amor. “Tenho como obrigação fazer o bem ao próximo. A sociedade de hoje talvez ainda necessite aprender formas de ajudar quem precisa. Doar sangue é doar vida”, afirmou.

Até ano passado homossexuais só podiam doar sangue se estivessem em abstinência sexual no período de um ano. No dia 8 de maio de 2020 o Supremo Tribunal Federal derrubou essa proibição e as regras passaram a ser iguais para todos, estabelecendo a igualdade de tratamento entre as pessoas. Ainda que existam preconceitos, foi uma grande vitória para todos, principalmente os que precisam da transfusão. Rodrigo Rodrigues, candidato a doador de sangue conta como se sentiu com a liberação: “Fiquei muito feliz com a decisão do STF, pois agora sei que posso doar e ajudar o próximo. Tomo todos os cuidados e tenho os meus exames em dia”, comemorou.



Como doar sangue

É preciso estar dentro de alguns critérios, como ter entre 16 e 69 anos, estar em boas condições físicas, ter tido uma boa alimentação, mas não é necessário estar em jejum. É também necessário ter acima de 50 kg e ter dormido bem. É recomendado não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas e não ter fumado nas últimas duas horas. 

O homem pode doar a cada dois meses, sendo no máximo quatro vezes por ano. Já a mulher a cada três meses, sendo até três doações por ano. Além disso, o candidato passará por todos os exames necessários para saber se está em condições de doar. Todos precisam portar documento oficial com foto e menores de idade devem estar obrigatoriamente acompanhados por responsável legal.

Onde doar sangue

No hemonúcleo mais próximo da sua residência ou hemocentro. O atendimento é de 8 às 16 horas, de segunda a sexta-feira. 


* Estudantes de Jornalismo

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