quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Mulheres representam 48% das solicitações de MEI

Produções artesanais garantem estabilidade financeira para mulheres durante a pandemia

Por Brenda Destro e Lucas Alves*


Assim como em todo o país, a região Sul Fluminense sofreu com o desemprego em massa, consequência da pandemia de Covid-19. O micro empreendedorismo, alternativa encontrada para recuperar a estabilidade financeira, se destacou durante o período e transformou a vida de mulheres dedicadas a ingressar no mercado de trabalho de forma autônoma. 

O ramo da produção artesanal foi o mais acolhedor para milhares de mulheres cuja a necessidade era complementar a renda de suas famílias. Sendo no âmbito culinário ou na produção de acessórios, os clientes que apoiam essas microempreendedoras saem satisfeitos com seus produtos únicos e artesanais.

Keila Alves, moradora de Barra Mansa, estava desempregada no começo de 2020 e viu uma solução dentro de sua cozinha. Keila já possuía o costume e o gosto por produzir doces e se formalizou como Microempreendedor Individual (MEI) durante a pandemia.


De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 2,6 milhões de empresas solicitaram a oficialização como microempreendedor individual e 48% das solicitações foram feitas por mulheres. Keila conta que a iniciativa foi um passo fundamental para seu negócio. "Trouxe benefícios para mim e para minha empresa. Me senti mais estável dentro do trabalho que eu mesma criei", afirma.

Artesanato

Sarah França, uma jovem resendense estudante de Medicina Veterinária, também enxergou a possibilidade de aumentar sua renda sendo criativa e empreendedora. A aptidão de Sarah não foi no ramo culinário e alimentício, mas sim, em produções artesanais.

O Coral Ateliê comercializa miçangas e acessórios feitos à mão e foi criado no início da pandemia como uma maneira de se distrair durante a quarentena A estudante conta que, por receber muitos elogios, enxergou uma possibilidade de transformar o que era apenas um hobby em trabalho. 

“Sempre gostei de fazer miçangas para relaxar, mas eu recebia muitos elogios da família e de alguns amigos. Então, de tanto me perguntarem onde eu tinha comprado minhas pulseiras e colares, decidi começar a vender", conclui.


Marli Moreira, consumidora de doces artesanais, relata se sentir muito feliz em poder ajudar pessoas que dependem de um trabalho autônomo. “É muito satisfatório poder ajudar. Eu sei como é complicado depender do movimento, que nem sempre é bom; fora que dá para sentir o cuidado da pessoa que produz o doce em cada detalhe”, conta.

A estudante Esther Mendes diz que adora acessórios de miçanga, por sentir o cuidado da artesã na confecção e acrescenta: “Eu amo a sensação de ter uma peça única, feita exclusivamente para mim, pela pessoa que tem o cuidado em conhecer o meu gosto para produzir. Isso deixa tudo mais legal”. 


*Estudantes de Jornalismo

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