O movimento social Frente pela Diversidade de Volta Redonda, junto a outros movimentos sociais e partidos políticos, ocuparam o Corredor Cultural de Barra Mansa, próximo ao Parque Centenário, para exigir das autoridades o elucidamento do crime cometido no último dia 7/01 contra a adolescente Victória Oliveira.
Estiveram presente nesse sábado, dia 18/01, a Mãe Cacau, familiares, amiges e apoiadores, que através de falas potentes e emocionadas lembraram que a expectativa de jovens trans no Brasil não ultrapassa os 35 anos, lembraram também que a transfobia é ainda atravessada pelo racismo o que vitimiza em sua maioria a juventude preta nas periferias do Brasil. O movimento pede não somente justiça para a dolescente Victória Oliveira mas também para as outras milhares que são invissibilizadas por uma sociedade preconceituosa e injusta, negando as minorias direitos básicos como emprego e um ambiente escolar saudável livre do preconceito. Foi lembrado que o ato ali, próximo a Câmara Municipal tem um simbolismo maior pois a casa legislativa aprovou uma lei da "escola sem partido" tendo como principal alvo a comunidadade LGBTQIAPN+ .

Depoimentos:
Meu sentimento é de muita tristeza, muita revolta. Também, né? Porque eu percebo que aqui na região quase praticamente não se fala sobre morte de pessoas trans e travestis. E é uma população que se tratando da comunidade LGBTQIAPN+ é mais assassinada. O Brasil continua sendo o país mais mata os seus transvestis no mundo há 17 anos. A gente tá nesse ranking aí há já, faz muito tempo, então assim, a gente precisa mudar isso. Acho que a gente precisa se unir, a gente precisa se manifestar, ir para as ruas e se organizar coletivamente para cobrar das autoridades, do poder público.
Thâmyra Ohara - Artista visual
É inadmissível que a lei natural da vida se inverta. Nenhuma mãe devia enterrar um filho, Que isso fiquei registrado aqui. Que isso não se repita e enquanto se repetir, estaremos resistindo nas ruas, lutando, esbravejando, falando, enfrentando. Todo esse conservadorismo, toda essa violência contra a população trans LGBTQIAPN+ porque nós queremos viver. Com dignidade estamos na rua, nas lutas, pedindo, implorando e reivindicando o nosso espaço e o nosso direito à cidade e à vida.
Lia Ludolff - Mães da Resistência/Frente pela Diversidade-VR
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